100 Esquinas

Um Mapa Imaginário de Brasília

A Brasília de Madalena é UM DESERTO DE
CONCRETO e represas

M

adalena carregava dentro de si todas as chuvas que faltavam para inundar as represas e acabar com a seca do sertão. Era uma pena que não conseguia chorar. Antes de se mudar pra Brasília, quando ainda tinha um quintal, costumava coroar sua cabeça com a boca de uma mangueira e despejar água sobre seu cenho. Suas lágrimas falsas eram acompanhadas de gritos ou risadas, improvisos absurdos ou monólogos ensaiados.

A melhor amiga lacrimejava ao bocejar, mas ela não conseguir derramar uma lágrima nem quando batia o dedinho do pé numa quina qualquer. Sempre andava com um colírio na mochila para aliviar a secura dos olhos e um rolo de papel higiênico para estancar o sangramento do nariz. Sentia que seu corpo podia derreter ou virar pó antes que conseguisse chorar.

Um dia pensou em se afogar no Paranoá e imaginou a manchete do jornal. "Moça se liquefaz no lago e deixa apenas suas roupas e um par de olhos pra trás".

L

istava seus esquecimentos em um caderno A5 de folhas brancas pautadas. Aniversários deixados pra trás, ligações nunca retornadas e mensagens não respondidas. Anotava como um lembrete e um pedido de desculpas. Eu não esqueci, afirmava em voz baixa toda vez que acrescentava algum item, vou responder quando puder.

Com 18 anos de idade, descobrira que a velocidade do mundo contemporâneo era demais para si. Ao acordar, quando o peso dos seus esquecimentos a atingia como se ela fosse Atlas e o planeta dependesse da força dos seus antebraços, ela sonhava com o fim da tecnologia. Sentava em sua escrivaninha e fantasiava escrever cartas para seus primos contando da epidemia de pólio que assolava o interior do Ceará e marcando, quem sabe, aquele tão aguardado encontro na capital. Desejava-os um bom mês de junho, pois sabia que seus postais não chegariam ainda em maio. A mesa vibrou com uma notificação do twitter e ela percebeu, com um longo fechar de olhos, que nunca conseguiria viver sem seu celular.

Quando os arrependimentos começaram a encardir seu registro de não-lembranças, ela comprou uma pá pequena e o enterrou no Parque Olhos D'Água. Longe de Madalena, os esquecimentos que ela não conseguia esquecer desabrocharam em uma flor. Cada pétala tinha uma data, uma hora e um nome cuidadosamente escritos em letra cursiva. Sua beleza era admirada por todos os passantes, mas ninguém nunca se arrependeu de não a colher.

S

eus grandes olhos vermelhos reluziam com o enfraquecido brilho de um dia cansado. Os trilhos rangiam abaixo de seus pés, o atrito ensurdecedor de metal com metal. As amígdalas cheias de palavras sufocadas estavam inflamadas em sua garganta. Era a terceira amigdalite do ano.

O último trem da noite parou na Estação Arniqueiras. Madalena carregou uma tonelada de papel colorido para fora do vagão. Como os panfletos publicitários que recebia na rodoviária, seus problemas se amontoavam em seus bolsos. Diferentemente dos panfletos, os problemas ela não conseguia jogar fora. Em seu prédio, apertou os botões do elevador para chegar ao décimo quinto andar. Entrou no chuveiro despida de roupas, mas vestida de fumaça, poeira e fuligem - o composto químico da cidade. Com a água quente queimando sua pele, começou a despejar, em frases, tudo o que estava entalado. Sua única testemunha era o ralo, ainda bem que não era de ouvidos que ela precisava.

Depois que conseguiu finalmente despejar todos os seus engasgos no esgoto, nunca mais teve uma infecção de garganta.

A Brasília de PAULO É CARTESIANA, SETORIAL, CHEIA DE REPARTIÇÕES

S

ua primeira confissão se deu na capela de seu colégio católico com um padre de pálpebras velhas demais para o resto de seu rosto. A mente de Paulo já guardava os pecados como uma penitenciária e, de sua boca, não escaparam nem os criminosos mais leves. Não contou da vez que abriu a caixa de achados e perdidos da sua turma de alfabetização e furtou de lá brinquedos há muito esquecidos por seus colegas. Omitiu também que, assim como Pandora, essa sua primeira desobediência havia liberado todo tipo de malícia para o mundo.

Fazia o sinal da cruz com a mão direita e as promessas com a esquerda. Suas palavras eram vento e não sopravam muito longe. A cada quinze dias, nas noites de terça-feira, não conseguia repousar a cabeça no travesseiro e sua consciência o obrigava a redigir todas as contravenções que catalogara em sua cabeça. Imprimia seus pecados em folha A4 e os enviava por correio para a Igreja Nossa Senhora de Fátima (anonimamente).

Nunca soube se algum padre leu suas confissões impressas e nunca teve a coragem de descobrir. Ainda assim, continuou a pecar. Quer dizer, com os constantes aumentos do preço para o envio de postais, passou a pecar cada vez menos.

P

aulo ganhara um relógio analógico de seu pai ao completar 16 anos. Era grande, prateado e pesado. Um quadrado de metal com bordas sutilmente arredondadas. O tipo de acessório que se via no pulso de todos os homens adultos. No verso não havia nenhuma inscrição, porque o objeto por si só já era uma mensagem. Um rito de passagem.

Usava o presente em todas as ocasiões. Quando andava, sentia que o pulso pesava, mas de orgulho. Por causa do relógio, escrevia ligeiramente mais devagar e, às vezes, sentia dores nos tendões que nunca antes tinha sentido. A peça deixava marcas vermelhas em seu braço e até em lugares bem curiosos, algo que nem sempre fazia sentido.

Ao pegar o metrô pra casa na Estação Asa Sul, no final de um dia qualquer, percebeu que tinha perdido o relógio em algum lugar durante seu trajeto. Suspirou com um alívio culpado. Nem ao menos sabia ler as horas.

C

ategorizava sua vida como se fosse organizado. Suas gavetas eram abarrotadas de pastas com coisas que um dia poderia precisar. Quando não cabia mais nada nas gavetas, arranjava novas gavetas. Gastava seus finais de semana comprando caixas no Taguacenter e classificando-as com etiquetas de vinil preto.

Na compulsão de colocar cada coisa em seu devido lugar, compartimentou tanto a si mesmo que seus órgãos se tornaram independentes e burocráticos. Os pulmões só funcionavam nas terças e quintas, os rins nas segundas e quartas. Seu metabolismo parava de trabalhar depois das 18h e em feriados nacionais tinha ponto facultativo.

Seus órgãos foram doados quando ele morreu e, mesmo carregando a ineficiência de anos de repartição, conseguiam trabalhar em grupo. Seu corpo foi cremado e colocado em uma urna de metal inoxidável. No fim, seu ser repousou em união, com cada coisa em seu devido lugar. É uma pena que Paulo estava morto demais para perceber.

A Brasília de DIADORIM É um bicho de sete cabeças

P

assava os finos dedos pelas juntas das bonecas de plásticos e torcia as articulações como se fossem panos de chão encharcados. Calejava as palmas das mãos dobrando plástico e gastava todos os alfinetes da casa perfurando pano. Ela nunca fora levada a um psicólogo, mas a cada aniversário recebia presentes menos maleáveis. Todavia, ao final da infância, todos os seus brinquedos estavam distorcidos como personagens de filme terror.

Mantinha os olhos focados no teto e os ouvidos concentrados no inveterado toca-CDs de seu tio. Tocava pela terceira vez a faixa 2 do primeiro albúm de Secos & Molhados. Vira vira vira homem vira vira / vira vira lobisomem. Não mais deformava bonecas, mas agora rabiscava criaturas impossíveis com um lápis hexagonal verde-escuro da Faber-Castell. Mordia as extremidades de madeira da ferramenta de desenho como parte do processo criativo e assim transformava sua frustração em arte.

Diadorim experimentou vários cortes de cabelo durante os anos, mas nunca sossegou com um penteado. Parou de moldar, de desenhar e às vezes parava de imaginar. Mas sempre que observava as estranhas formas dos Dois Candangos, sonhava com o dia que se tornaria, assim como seus bonecos e desenhos, uma criatura impossível.

S

entia que era metade árvore e que suas raízes, de tanto transportadas, haviam se tornado superficiais. No calor, suava toda a água pelas suas folhas. Nos dias frios, quando o ar gélido das manhãs respirava em seu cangote, sentia toda a seiva congelar.

Quando caminhava pela Esplanada ao sol que brilha entre meio dia e duas da tarde, notava o tremular de sua sombra mesmo quando não estava ventando. Talvez porque seu caule era frágil e acabava pendendo um pouco para a esquerda com seu andar, talvez porque sua copa estava se balançando em uma tentativa de voar.

Talvez Diadorim fosse um dente-de-leão. Metade-planta, metade-pipa.

C

aminhando de volta para casa, foi surpreendida pelo voo de uma cigarra. O inseto colidiu com seu peito como uma comprimida bola de papel e caiu de costas no chão. Sob a luz amarelada do poste, Diadorim agachou-se para observar o esforço da cigarra para ficar de pé. Recolheu um graveto na grama ao lado e desatolou a pequena baleia encalhada na calçada.

Naquela mesma noite, em uma reviravolta kafkiana, sua pele se expandiu em um casulo e ela hibernou por sete dias e sete noites. Quando rompeu a carapaça, não era mais a mesma de maneiras igualmente sutis e escrachadas. Ela se destacava na multidão como se fosse um artrópode de 1,75m de altura e sentia que um pequeno tribunal havia julgado-a inapta para conviver em sociedade. Dessa forma, passou a desfrutar suas noites cantando e escalando as árvores do Sudoeste com as outras cigarras.

Seus amigos até hoje contam lendas de seu desaparecimento sem perceber que sempre escutam sua voz no coro dos insetos de setembro.

A BRASÍLIA DE RIOBALDO É UMA CIDADE SUBMERSA EM UM MAR DE CÉU E RABISCOS INACABADOS

S

eu primeiro batismo foi na Igreja São Sebastião. Uma quinta-feira solene e vestida de branco. Recebeu um nome que não conhecia, mas foi lhe passado pelos pais, e teve a testa mergulhada em água benta.

Seu segundo batismo foi no parquinho da educação infantil do Colégio Santa Isabel. Uma quinta-feira nublada, com tênis pretos e shorts de criança. Recebeu um nome que não queria, mas foi obrigado a carregar, e teve a testa mergulhada em areia.

Seu terceiro batismo foi no Teatro de Arena da UnB. Uma quinta-feira seca e tumultuada. Recebeu um nome que não esperava, mas teve que assimilar, e teve a testa mergulhada em tinta azul e verde.

A

ntes de sair, Riobaldo se olhava em todos os 5 espelhos da casa: o do corredor, o do banheiro, o do quarto dos seus pais, o do quarto de seu irmão e o que ficava logo ao lado da porta de casa. No elevador, também encarava sua reflexão, do andar 15 ao -1. Era 50% motivado por vaidade e a outra metade era obsessão.

Antes de chegar no metrô, passava por pelo menos mais 3 superfícies refletoras e se observava discretamente em todas elas. Além dessas, costumava contar os olhos das pessoas que, de alguma forma, o viam na rua. Esses reflexos ele não conseguia ver, mas sabia que existiam.

Considerava a poça escura em frente a faixa de pedestres na 507/8 Sul parte de um quebra-cabeça que ele nunca conseguiria montar. Podia se olhar no espelho todos os dias de sua vida e mesmo assim nunca se veria por completo.

R

iobaldo tinha dificuldade em achar as palavras certas e nem sempre conseguia as que queria entre os verbetes de qualquer dicionário. Em uma planilha do Excel, começou a construir seu próprio léxico. Anotava expressões e seus significados sem preconceito. Escrevia tudo o que o ouvia, coloquial ou cerimonioso.

Com o passar dos anos, tinha uma compilação perfeita da língua portuguesa do Brasil. Todas as palavras que existiam, as inventadas aqui e as trazidas de outros lugares. Seu vocabulário se tornou tão perfeitamente extenso que ele não conseguia mais construir uma frase. Agora, sentia dificuldade de achar as palavras certas entre todas as que conhecia.

Em uma sala escura da BCE, abriu uma cópia de Fausto e pensou em invocar o Diabo. Queria trocar sua alma por ignorância, esquecer todas as palavras que sabia para assim poder se comunicar como antes. Pensou bem e mudou de ideia. Preferia manter a alma e ficar calado do que ser desalmado e falar horrores.

A BRASÍLIA DE PEDRO É FORMADA POR RETAS INFINITAS QUE CORTAM A CIDADE COMO A LÂMINA DE UMA ESPADA

P

edro se perdia até no espaço entre duas esquinas, era como se carregasse no nariz o contrário de uma bússola. Ganhou do pai um mapa para aprender como funcionava a cidade, mas sempre preferiu pedir carona a andar sozinho. Antes de um dia de caminhos novos, tinha pesadelos com estranhos e encruzilhadas. Quando saiu debaixo da asa, precisou aprender não apenas a não se perder, mas também a se encontrar.

Perdeu a teimosia de não pedir ajuda, mas às vezes passava tempo demais escolhendo quem o ajudaria. Entendeu o valor de um mapa, de papel ou digital, e chegou até a colecionar os que lhe ajudaram a percorrer os mais estranhos caminhos. Forasteiro, demorou a entender a organização do Plano Piloto e precisou de dois anos para conseguir se orientar nos eixos X e Y.

Sente orgulho quando consegue indicar à alguém a baia de um determinado ônibus na rodoviária, mas ainda precisa tomar cuidado para não cochilar e perder o seu ponto.

P

edro acordou com o som do próprio coração batendo. O silêncio da cidade era ensurdecedor. Sentou-se na cama e tentou falar, mas a voz se recusou a sair da garganta. A tentativa de irromper a mudez da noite deu um nó em suas cordas vocais. Olhou pela janela e lembrou que não estava em casa. Faltavam 178 minutos para o transporte público começar a rodar.

Os olhos giravam de um lado para o outro como um pêndulo desequilibrado, sua mente estava assustadoramente calada. Nunca imaginou que a Lei do Silêncio teria jurisdição até em sua cabeça. O sofá em que estava deitado rangia com o movimento de seu corpo. Às vezes ele se remexia de propósito só para ouvir o ruído e lembrar que estava vivo. Faltavam 54 minutos para o transporte público começar a rodar.

A parada de ônibus da 406 Norte estava vazia exceto por ele e uma senhora desconfiada. Se perguntou se cheirava a álcool ou talvez a sexo, se perguntou se ela conseguia identificar seu cheiro. Ao horizonte, o ônibus se aproximava. Se perguntou como os pássaros conseguiam migrar pra terras tão distantes sem pensar no tempo que levariam para voltar. Ainda faltavam 47 minutos para chegar em casa.

B

êbado e paranoico, começou a escrever com a chama de um isqueiro seu testamento no teto do banheiro de um bar na 408 Norte. Assombrado pelo medo da morte, achou melhor deixar registrado a quem seriam destinados seus poucos pertences. Pedro não era do tipo de mandar mensagens embriagadas, era do tipo de escrever notas do celular e talvez depois enviar. O importante era sempre deixar registrado em algum lugar.

Mantinha no fundo do armário uma trouxa de roupas só para o caso de ser expulso de casa. Algo no fundo da sua mente sempre estava preparado para o pior, por mais que sua vida fosse composta de melhores. Não se considerava pessimista, apenas um sobrevivente. Seus pais eram saudáveis, mas ele pensava como um órfão.

Em uma sessão de autoterapia, concluíra que ter uma família grande o deixara com medo de ser dependente. Escrevia testamentos em vão, pois sabia que não teria filhos. Sentia medo de ser pai porque sentia medo de ser filho e com ele morreria seu sobrenome.

A BRASÍLIA DE JOÃO É QUALQUER LUGAR
MENOS UMA CIDADE

A

té os 15 anos de idade, só tinha dois amigos: um era pássaro e o outro também. O primeiro era seu vizinho e seu xará, um joão-de-barro que havia construído uma pequena mansão de 4 quartos ao lado de sua casa. Aos finais de semana ele promovia soirées em sua residência, mas o adolescente João sempre arranjava desculpas para não comparecer. Escutava, muitas vezes sozinho em seu quarto, o canto dos pássaros que ecoava pela vizinhança e fantasiava também saber cantar.

O outro amigo, um caburé silencioso, era tão tímido quanto ele e preenchia o tempo empoleirado em cercas e muros observando o passar das horas e das pessoas. Não gostava de falar, mas era um ótimo ouvinte, e se orgulhava de saber muito sobre pouco.

Quando se mudou para Brasília, João foi encontrar os pássaros que residiam no Parque da Cidade. Viu vários da mesma espécie - afinal continuava no cerrado - e alguns migrantes - pois estava na capital -, mas não podia dizer que conhecia nenhum. Ele ainda não sabia cantar como essas aves, porém, havia aprendido a assobiar na viagem e, por enquanto, isso lhe bastava.

E

m algumas sextas João acordava com febre e saia da rede caminhando de quatro. Pulava para a janela do quarto e encarava a luz da lua cheia. Saltava da janela do décimo quinto andar e caia em pé. Os olhos brilhavam com um amarelo âmbar, dois faróis desbravando as ruas e as esquinas.

No dia seguinte amanhecia às 13h da tarde sem propriamente dormir. O ouvido batia grave e as pernas bambas pareciam andar sem peso. Flutuava para o banheiro e admirava seu reflexo no espelho. Há algumas horas havia fumado suas frustrações como um cigarro no subsolo do CONIC. Tinha sido gato, mas voltara a ser humano e logo sentiria saudade de suas sete vidas.

Bebia muita água para se recuperar da ressaca de sua metamorfose. A vida de homo sapiens era deprimente se comparada a de um felino, quase pesada demais para se carregar. Acreditava que as ruas eram dos gatos, infelizmente eram os homens que nelas caminhavam.

A

ntes de dormir, João imaginava que todas as suas preocupações eram lâmpadas acesas em uma sala vazia. Em seguida, imaginava-se dentro desse quadrilátero, embaixo do brilho ofuscante de suas ansiedades. Aproximava-se primeiro da parede direita - pois era destro - e apertava um interruptor. Uma luz morria. Alguns passos a frente, apertava outro interruptor e apagava outra luz. Lentamente, repetia esse processo até estar completamente no escuro.

A CEB detectou seu consumo elétrico imaginário e o incluiu em sua conta de luz mensal. Para custear os gastos, começou a alugar sua mente para ideias alheias. Pagava os boletos, mas toda noite se encontrava tendo que apagar mais luzes.

Certa noite, sobrecarregou a capacidade energética de Brasília e causou um apagão de 3 dias. Na escuridão, tomou coragem para escalar o Pombal na praça dos Três Poderes e, do alto, pôde enfim observar a calma e a tranquilidade de uma cidade sem luz.

Textos e imagens por adalberto sampaio